26 de janeiro de 2010

Três dos suplentes que assumirão hoje na CLDF participaram do governo Arruda. Porém, a maior parte já mudou de lado.

De 8 suplentes que podem assumir no DF, 3 participaram do governo Arruda

Nomes constam na lista o TSE e respeitam coligações partidárias.
Deputados assumem para atuar em comissão da Câmara Legislativa.

Dos oito suplentes que devem assumir o mandato de deputado distrital para votar nos processos contra o governador José Roberto Arruda (sem partido), três já fizeram parte do governo, e um já assumiu anteriormente o mandato e fez parte da base aliada. Esses nomes constam na lista do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e respeitam as coligações partidárias das eleições de 2006.

Uma decisão do Tribunal de Justiça do DF ordena o presidente em exercício da Câmara, Cabo Patrício (PT), a convocar os suplentes para atuar apenas nas comissões relacionadas ao pedido de cassação de Arruda. A multa diária para o descumprimento da decisão é de R$ 500 mil, a contar do quinto dia após a intimação.

Ivelise Longhi (PMDB) foi administradora de Brasília; Olair Francisco (PR), da cidade de Águas Claras. Esse cargo é uma espécie de “prefeitura” das cidades do Distrito Federal, e o ocupante é indicado pelo governador – no caso, Arruda. Joe Valle (PSB), atual secretário de Inclusão Digital do Ministério de Ciência e Tecnologia, assumiu por cerca de um mês como presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), cargo também indicado pelo governador.

Ivelise também já foi secretária de Habitação do governo Joaquim Roriz (na época, no PMDB; atualmente, no PSC). Wigberto Tartuce, outro que deve assumir um mandato, foi secretário de Trabalho de Roriz.

Roberto Lucena (PMDB), outro na lista, é irmão do dono de uma empresa investigada no inquérito da Operação Caixa de Pandora.

Já o ex-deputado Raad Massouh (DEM) deve voltar à Câmara Legislativa. No começo do escândalo do mensalão do DEM de Brasília, Massouh estava no exercício do mandato, mas voltou à suplência com o retorno de Eliana Pedrosa (DEM) à Casa.

Completam a lista de possíveis novos deputados Mário da Nobrega (PP) e Washington Gil Mesquita (PSDB) - esse último concorreu em 2006 no PFL, atualmente DEM.

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
 

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