21 de abril de 2011

Brasília 51 anos: Blog divulga lista com 51 motivos culturais para amar Brasília

Morillo Carvalho não errou e fez bonito na homenagem ao aniversário de 51 anos da capital federal, em seu blog na internet o DROPS CULTURAIS .

Na homenagem a simplicidade de Brasília, o que é criticado por muitos, a irreverência do carnaval, o teatro na cidade, as festas juninas a a Plebe e Rude de Brasília,  Confira a lista mais que digna de MORILLO CARVALHO do Blog Drops Culturais com os 51 motivos para amar Brasília !!!

Faço eu TigoRodrigues a honra de parabênizar o blogueiro pela homenagem a nossa cidade, aproveito para parabênizar todos que moram aqui que admiram a cidade e que fazem do DF a melhor cidade para viver.

Uso esta magnifica homenagem como prova que Brasília e os Brasilienses tem muita cultura e Lazer .

Confira:


1 – Legião Urbana. Se eu ficar escrevendo demais, corro o risco pra transformar esse blog num espaço de homenagens à Renato Russo e sua trupe. Urbana Legio Omna Vincit.

2 – Festival de Cinema. Porque nenhum momento é de tão intensa culturalidade nessa cidade. E porque a nossa produção, ainda que rudimentar, é criativa e intensa.

3 – Athos Bulcão. Que outra cidade tem o geométrico-colorido de aspirações (despretensiosas, mas) Mondrianas e Volpianas mais concatenado com as linhas de Niemeyer?

4 – Feira do Livro. Porque é quando as siglas da cidade dão lugar às letras, que inspiram quem consegue entender as entranhas dessa lógica certinha e organizada das siglas e perceber que, de perto, não tem nada certinho e organizado aqui, como as palavras – como fez João Almino.

5 – Dulcina de Moraes. Por ser celeiro de coisa/gente/arte/fato/artefato interessante. Por ter o nome imortalizado em um espaço especial do sexto motivo cultural pra amar Brasília, o Conic – mas isso é pra amanhã.

6 – O Conic. Por ser o local para onde a cidade conflui e por sua diversidade. Por seus grafites no subsolo. Por abrigar a efervescência teatral de Brasília. Por ter sebos sensacionais, cheios de livros e vinis. E por suas camiseterias e tudo o mais.

7 – A Feira da Ceilândia. Porque ela te oferece o que quiser comprar. Peixe, sapato, retrato, colar pra te enfeitar. E o cinto da moda. Por ser o centro de tradições nordestinas de Brasília e servir de inspiração pra canção do meu oitavo motivo.

8 – Ellen Oléria. Uma vez, a Bia Reis, da Nacional FM, entrevistando a cantora, perguntou: você representa todas as minorias, né? E ela: todas. Negra, mulher, pobre, etc. Por ser minoria com voz-trovão de maioria que rasga a cidade em versos, é o meu oitavo motivo.

9 – Oficina do Perdiz. Desativado por causa da especulação imobiliária, o pequeniníssimo-gigante do teatro brasiliense, instalado em uma oficina-ferro-velho que ocupa uma área pública da 708 Norte, abrigo de gerações e gerações de jovens artistas, pra sempre na memória afetiva da arte brasiliense.

10 – Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro. Afinal, quem mais seria capaz de criar uma tradição mitológica pra uma cidade com 51 anos de existência? Leia o Mito do Calango Voador.

11 – O Açougue T-Bone. Por fornecer a Brasília as melhores noites culturais da cidade da forma mais democrática: no meio da rua. E por espalhar literatura pra matar o ócio da espera pelo próximo ônibus, nas paradas da W3 Norte e da L2 Norte.

12 – Cult 22. O bar, cujo nome nasceu do lendário programa de rock da Cultura FM, é o ponto cultural mais recém-nascido da cidade e já marca território, posicionando-se como o lugar do rock na capital.

13 – O hip-hop de Ceilândia. Porque da marginalizada e outrora rejeitada cidade, nasce a cultura de rua da letra (MC), dança (break) e arte (grafite) para transformar toda uma realidade.

14 – Gog. Por ser o ícone, o mestre, o agregador dessa galera que faz “hip hop em grande estilo”. Por estar ele para o hip hop de Brasília como o MV Bill está para o do Rio.

15 – Gisele Santoro. Afinal, muito além de viúva de um dos maiores maestros que aqui estiveram, é a maior entusiasta da dança na cidade. Além de promover um seminário internacional de dança, todos os anos, por aqui, ela é caça-talentos e a maior exportadora de dançarinos.

16 – Boi do Seu Teodoro. Tradição tipicamente brasileira – sim, existem bois no país todo – mas que aqui se identifica com o boi maranhense, e que se instalou na capital há 48 anos, mais precisamente em Sobradinho. E que serve para confortar quem ama o ciclo junino de tradições culturais.

17 – Renata Jambeiro. Porque é dela a voz negra do momento nas festinhas hype de Brasília. Por sua multi-arte, afinal, também é atriz e dançarina.

18 – Catireiros de Planaltina. Pois são eles que dão o movimento dos reisados e folias de reis por lá.

19 – Casa do Cantador. O repente, o cordel e a cultura de toda uma região, naquela que também é conhecida por segunda cidade com o maior número de nordestinos fora do nordeste.

20 – Beirute. Porque quem não ama as tradições? E o bar mais tradicional da cidade é também um ponto de confluência cultural. É o abrigo de personagens espontâneos que vivem da noite. É demais.

21 – Reco do Bandolim. Eu acho impressionante como uma pessoa pode agregar um instrumento à própria anatomia. Ele conseguiu. E faz um catatau de gente amar o próximo motivo.

22 – Clube do Choro. O som popular que mais parece erudito e é brasileiro tem espaço privilegiado no coração de Brasília. Está lá, no meio do Eixo Monumental, sintetizando a cidade em choro.

23 – Praça do museu da República. Por ser, de todos os espaços públicos da cidade, o mais legal para a realização de shows. A ampla praça de chão de concreto niemeyeriano, que se transforma numa praça de cidade de interior nos eventos, de tão democrática que fica.

24 – Balaio Café. Casa que foi fechada ano passado (causando comoção social) e reaberta tempos depois, é abrigo de gente moderna, interessante, fina, elegante e sincera. Se longínquo, o local tem tudo pra ser o Beirute.

25 – Cris Maciel. Eu adoro a Ellen Oléria e o seu som experimental, a Renata Jambeiro e sua negritude misturada, e a Cris e o seu samba. Eu adoro essa minha amiga de faculdade. Eu amo.

26 – Marina Mara. Ela é daqui, está morando no Rio, mas vive aparecendo no quadradinho goiano. E conduz o Sarau Sanitário, uma das iniciativas mais legais da poesia na capital – agora no Brasil inteiro, mas é a vida.

27 – Melhores do Mundo. Por serem mesmo. Há 10 anos, quando cheguei a Brasília para aqui viver, já no primeiro dia, me falaram deles. Precursores de uma onda de grupos de comédia que antecedeu à mania do stand-up comedy e orgulho da capital em fazer comédia bem feita.

28 – Udi Grudi. Por colocarem o circo e a arte e o teatro de rua em outro patamar. Por terem levado a arte criada aqui para o velho mundo e todo mundo ter amado.

29 – Plebe Rude. Pela fidelidade à capital, nesses 30 anos de estrada.

30 – Torre de TV. Por ser a síntese de Brasília, que é a síntese do Brasil. Pela ótima feira de culinária regional e de arte que se faz com as mãos. E pela fonte luminosa, que é linda e um ótimo lugar pra levar meu filho pra brincar à noite.

31 – Feitiço Mineiro. Porque se tem uma coisa que tem bastante nessa terra, é mineiro. E por abrigar, além da melhor culinária do país, excelentes atrações culturais.

32 – Raimundos. Por terem salvo o rock brasileiro nos anos 90 – claro, ao lado do O Rappa e da Nação Zumbi.

33 – Cláudio Falcão. Porque quando nem se falava em comédia stand-up, ele já fazia a gente brasiliense rir de suas Marys e Goretes.

34 – Espaço Cena. Por dar vida à quadra de comércio local mais estranha da Asa Norte (205/206) num dos menores teatros da cidade. E por dar nome e organizar o próximo motivo cultural.

35 – Cena Contemporânea. Porque se tem um momento em que o teatro em Brasília atinge o seu êxito, é neste evento. Nesses textos, dá pra saber como já fui feliz num Cena.

36 – Suvaco da Asa. Por ser, definitivamente, o melhor pré-carnaval da capital. Por trazer o frevo pras ruas do Cruzeiro/Sudoca econômico. E pelas iniciativas do resto do ano, como a festa Mafuá, do último sábado.

37 – Pacotão. Porque já que o tom é o do carnaval, devemos falar do bloco mais respeitável da capital. Pela tônica sempre bem humorada do desfile-protesto. E porque este governo já ficou Gagaisel.

38 – Galinho de Brasília. Por ser o mais bonito bloco das folias de momo. E por reproduzir uma tradição tão bacana de Recife aqui.

39 – Jorge Marino. Por ensinar às pessoas daqui outro tipo de tesourinha que não é via pública, e sim, passo de frevo. Já que o assunto é frevo, não há ninguém melhor do que ele pra aparecer por aqui.

40 – Nicolas Behr. Por criar a poesia Pau-Brasília e explorar, em seu universo poético, as muitas Braxílias dentro dessa Brasília.

41 – Aruc. 31 vezes campeã do carnaval brasiliense, afiliada da Portela, a mais carioca (como todo o Cruzeiro) e dentre as escolas de samba da cidade, a que é patrimônio cultural do DF. A Aruc pode até ficar de fora do aniversário do DF (mentira, nem podia, mas…), só que desta lista ela não fica.

42 – Quadrilha Êta Lasquera. Pra mudar o tom da prosa, vamos ao ciclo junino. E que me perdoem as outras quadrilhas, mas essa é a mais caprichosa, mais estilizada, a melhor, enfim. E é de Samambaia, mas mais parece de Campina Grande.

43 – Concurso de Quadrilhas do Sesi. É o momento mais legal do período junino. Rola lá em Taguatinga e lota as arquibancadas. Só quadrilha bonita (a Eta Lasquera, entre elas). E parece o Parque do Povo de Campina Grande.

44 – Via Sacra de Planaltina. Um belo espetáculo cristão, que embora todos os anos conte a mesma história, se renova pelas mãos de toda uma comunidade. Impossível ficar inerte.

45 – Festa do Morango de Brazlândia. Organizada pela colônia japonesa do núcleo rural Alexandre Gusmão, na cidade mais longe do Plano Piloto. Oferece, além da farta (põe farta) quantidade de morangos baratos (de sobrar pra fazer geléia, bolo, torta e ainda faltar criatividade), muita cultura sertaneja, concurso de receitas e barracas típicas. Sensacional.

46 – Quermesse do Templo Budista. Deixa a cidade com ar cosmopolita, com tudo o que é gente interessada em intercambiar cultura. Boa comida, boas atrações.

47 – Porão do Rock. Há muitos puristas de plantão pra teorizar sobre o Porão. Falam de perda de essência, de excessos, de ingresso caro… O fato é que o evento é um marco para o rock da cidade.

48 – Taigo Meireles. Grande artista plástico que alcançou o sucesso ainda jovem e o reconhecimento que muito artista só conseguiu post-mortem.

49 – Pé de Cerrado. Por fazer uma mistura gostosa de sons e culturas e ficar bom. Uma vez, entrevistando eles, eles disseram que fazem “música tupiniquim universal” e que são um grupo de pesquisa da cultura brasileira. São mesmo.

50 – Liga Tripa. Pelos mais de 30 anos de história de contínua interferência na arte brasiliense. Certamente o som mais Brasília de Brasília.

51 – Oscar Niemeyer. Precisa explicar?
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Por: Morillo Carvalho
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