No Cruzeiro há um cinema especializado em filmes adultos (antigos pornôs). O CineVip é frequentado por heteros, gays e bissexuais. Os filmes exibidos funcionam da mesma forma: são duas salas, uma de filmes heteros outra de filmes bi, que são interligadas. É um lugar moderno e seu diferencial para os outros cinemas é o tamanho das salas, que são menores. De acordo com o dono do cinema, Arnaldo Valverde, "o público é 50% -50%. Não acho que dê mais gays do que heteros aqui não." Arnaldo não pode revelar o número de visitantes diários da casa, mas garante que o movimento é grande.
Desde janeiro deste ano, Brasília conta com a Sauna W3, na W3 sul. Com um conceito inovador, o lugar oferece além das saunas seca e a vapor, serviços de cabeleireiro, podólogo, terapeuta e massagista. Tem ainda um vídeo bar, área para fumantes, local com acesso a internet e um solarium. O local que funciona diariamente das 15h às 22h, sextas e sábados até as 23h, tem uma média de 150 clientes por dia. A faixa etária varia entre 18 e 50 anos. O proprietário da sauna Ronaldo Carvalho conta que os clientes elogiam muito a casa: "Eles falam que precisavam mesmo de uma casa como essa em Brasília. Por que é um lugar requintado, para clientes de outro padrão, que não queriam frequentar qualquer lugar e se sentiam constrangidos em locais heteros."
Já para que quer badalação, casa noturna é o que não falta. Um exemplo é o Oficina Club, no Setor de Oficinas Sul o Bairro Park Sul. O lugar começou como uma sauna gay. Com o tempo abriu um dancing uma vez por semana, o que acabou se tornando mais interessante. Há seis anos funcionando como boate, o Club Oficina promove eventos GLS as quintas, sextas e vésperas de feriados, e nos sábados abre para o público hetero. O sócio-proprietário, Emílio Múcio de Mello Rosa, explica: "Somos uma casa GLBT que abre para o público hetero, como várias outras boates no Brasil. Senão não tem cliente para sustentar a casa todos os dias."
A faixa etária dos frequentadores da casa varia entre 18 e 40 anos, mas normalmente são clientes entre 25 e 35 anos. A Oficina tem uma área externa coberta com lounge e outros ambientes mais "exclusivos". Em algumas noites há shows com gogo boys.
Há uma dupla de produtoras de eventos Andréa Araújo e Samya Barrón, mais conhecidas como Andie e Mya, da Vodka Blush Produções Independentes, elas realizam festas em diversos locais da cidade .
Danillo costuma frequentar a Blue Space e o bar Barulho. Quando ele sai para as boates procura mais por locais que toquem música pop e funk. O estudante diz que não costuma ir a bares e baladas não-GLBT "me sinto uma ovelha fora do rebanho". Mas acha normal heteros que frequentam boates GLBT "O engraçado é que eles dançam menos, são mais tímidos. Eles vão a esses lugares buscando o que não tem na balada hetero, como as músicas".
Mas os bares e boates GLBT são bastante frequentados por heteros. O publicitário Philippe Alves diz que tem amigos gays e que vai sem nenhum problema. "Eu, minha namorada e nossos amigos vamos bastante à Drops, a música é muito massa. E eles respeitam, se percebem que não é a sua, não ficam te alugando."
Para se manter por dentro do que rola na cidade, o site Parou Tudo (www.paroutudo.com) dá dicas das melhores casas GLBT da cidade e TigoRodrigues (www.tigorodrigues.blogspot.com) que publica fatos que possam interessar ao público gay.
Por: Iesb (jornal laboratório "Na Prática")
Adaptação: TigoRodrigues
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